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Eficácia da luz ultravioleta C contra o novo coronavirus

Representação artística da luz agindo sobre o novo coronavírus.

A luz ultravioleta C (UV-C, com pico de emissão em 254 nanômetros) tem eficácia comprovada cientificamente contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2)Este resultado é apoiado por 13 artigos distintos, conforme aponta um estudo revisional criterioso.

Além disso, a partir de estudos anteriores, a luz UV-C é comprovadamente eficaz na eliminação de inúmeros tipos de microrganismos.  A Associação Internacional do Ultravioleta (IUVA) apresenta a eficácia da luz ultravioleta para bactérias, fungos, protozoários, vírus e algas1, clique aqui para acessar o artigo completo.

Este efeito germicida ocorre, porque a luz ultravioleta C atua diretamente no material genético do alvo. Portanto, era provável a validade do uso dessa tecnologia contra o SARS-CoV-2. E, o bom resultado obtido também era esperado.

Estudo revisional reforça a eficácia da luz ultravioleta C contra o SARS-CoV-2 

A eficácia da luz ultravioleta tem consistência científica, é o que mostra um estudo revisional. O resultado foi verificado por 13 artigos distintos. Após a análise, foi possível garantir que as propriedades germicidas da luz ultravioleta C também se estendem ao ser utilizada contra o novo coronavírus. Clique aqui para acessar o artigo completo.

A revisão bibliográfica encontrou 315 artigos2. Entretanto, nem todos utilizavam sistemas com luz ultravioleta germicida, nem o SARS-CoV-2, isto é, o vírus da espécie do novo coronavírus que é responsável por causar a doença COVID-19. Assim, as pesquisas que não cumpriam estes critérios foram desconsideradas. Também foram eliminadas aquelas que não possuíam informações suficientemente esclarecedoras sobre o sistema UV-C utilizado, ou que apresentava dados quantitativos insuficientes sobre a inativação viral. Assim, os pesquisadores selecionaram criteriosamente artigos que analisavam o uso da luz ultravioleta C na eliminação do novo coronavírus. Após a análise foi possível concluir que a luz germicida é realmente eficaz contra o SARS-CoV-2.

Como a absorção da luz ultravioleta C confere eficácia contra diversos microrganismos?

Conforme mencionado, a luz ultravioleta C atua diretamente no material genético do alvo, isto é, no DNA e no RNA de microrganismos. Dessa forma, a luz é absorvida por moléculas biológicas, e provoca danos celulares que conferem perda da capacidade de infecção ou eliminam completamente o microrganismo.

Os principais alvos biológicos são as bases nitrogenadas e aminoácidos. Portanto, a timina (presente no DNA), a uracila (presente no RNA) e os aminoácidos histidina e triptofano podem absorver a luz ultravioleta e sofrerem danos irreparáveis ao organismo celular. Veja como a absorção da luz ultravioleta pode variar conforme o alvo biológico e conforme o comprimento de onda da luz emitida:

 

Espectros de absorção normalizados dos principais cromóforos celulares para a luz UVC (timina, uracila, histidina e triptofano) e espectro de emissão UVC dos emissores artificiais mais utilizados (lâmpada excimer de KrCl - 222nm, lâmpadas de baixa pressão de mercúrio - 254nm, LEDs 265nm e LEDs 280nm).
Espectros de absorção normalizados dos principais cromóforos celulares para a luz UVC (timina, uracila, histidina e triptofano) e espectro de emissão UVC dos emissores artificiais mais utilizados (lâmpada excimer de KrCl – 222nm, lâmpadas de baixa pressão de mercúrio – 254nm, LEDs 265nm e LEDs 280nm). Reprodução: Journal of Photochemistry and Photobiology – A systematic scoping review of ultraviolet C (UVC) light systems for SARS-CoV-2 inactivation2. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2666469021000531

A seguir, conheça o estudo que comprovou a eficácia da luz
ultravioleta C com pico de emissão de 254nm para o novo coronavírus
(SARS-CoV-2)
3

Como aconteceu o estudo sobre a eficácia da luz UV-C contra o SARS-CoV-2?

O estudo foi realizado com a intenção de descobrir os períodos de exposição (i.e., doses) à luz UV-C necessários para redução da carga viral do SARS-CoV-2. A pesquisa foi conduzida com rigorosas condições experimentais. Isso permite a checagem do experimento, tão necessário no meio científico. O estudo foi realizado em um laboratório com nível de biossegurança 3 (NB3). O alto nível se deve por causa do risco biológico atrelado à este vírus estudado. Além disso, as lâmpadas UV-C usadas foram fornecidas pela BioLambda. Elas são as mesmas usada no equipamento UV Surface.

O estudo percorreu os valores de inativação logarítmica de 10, 100 e 1.000, que é equivalente à eficácia de 90%, 99% e 99,9% contra os vírus3. Assim, obteve os respectivos períodos de exposição necessários à distância de um centímetro com lâmpada de 18 watts. Estas são as condições recomendadas no uso do equipamento UV Surface.

Eficácia comprovada contra o novo coronavírus

Inativação viral (%) Tempo de exposição (s)
90 0,01
99 0,32
99,9 2,98
Tabela 1: Tempo de exposição à luz UV-C necessário para a inativação do Sars-CoV-2.

Veja que menos de um segundo é necessário para inativar 99% das partículas de SARS-CoV-2, o agente causador da COVID-19. Além disso, foi comprovado que os equipamentos que utilizam luz ultravioleta C são eficazes contra o novo coronavírus. Isto, desde que corretamente dimensionados.

Detalhes do estudo sobre a eficácia

As instituições responsáveis pelo estudo foram a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e a BioLambda. O estudo foi realizado pelos cientistas Caetano P. Sabino, Fábio P. Sellera, Douglas F. Sales-Medina, Rafael Rahal Guaragna Machado, Edison Luiz Durigon, Lucio H. Freitas-Junior e Martha S. Ribeiro. O artigo foi recebido para publicação no dia 5 de agosto de 2020. E, no dia 8 de setembro de 2020 revista “Photodiagnosis and Photodynamic Therapy” disponibilizou o artigo. Esta revista é um dos maiores expoentes científicos nos estudos de biofotônica. Para ler o artigo científico completo, clique aqui.

Dimensionamento contra o novo coronavírus

Estes estudos apresentados têm validade para o vírus causador da COVID-19. A partir destes e de outros estudos, a BioLambda realizou o dimensionamento de seus produtos para obter de alta performance em biossegurança.

Entretanto, outros microrganismos, podem demandar diferentes dosagens de luz UV-C. Assim, novas validações são recomendadas conforme o mecanismo do equipamento e o local onde será usado. Portanto, entre em contato com a BioLambda para solicitar uma consultoria em biossegurança.

Referências

  1. G. Chevrefils, E. Caron, A. H. Malayeri, et al.U Fluence (UV Dose) Required to Achieve Incremental Log Inactivation of Bacteria, Protozoa, Viruses and Algae. International Ultraviolet Association IUVA, 2008. Disponível em: https://www.iuva.org/resources/Resource%20Documents/Malayeri-Fluence%20Required%20to%20Achieve%20Incremental%20Log%20Inactivation%20of%20Bacteria,%20Protozoa,%20Viruses%20and%20Algae.pdf
  2. F. P. Sellera, C. P. Sabino, F. V. Cabral, M. S. Ribeiro.U A systematic scoping review of ultraviolet C (UVC) light systems for SARS-CoV-2 inactivation, 2021. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2666469021000531
  3. C. P. Sabino, et al. UV-C (254 nm) lethal doses for SARS-CoV-2. Photodiagnosis and Photodynamic Therapy, 2020. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1572100020303495

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